quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Siza vieira assina primeiro Museu para o estado na Nazaré




O primeiro museu do Estado com assinatura do arquitecto Siza Vieira, o Museu Dr. Joaquim Manso, foi hoje apresentado na Nazaré, prevendo-se que a sua construção comece em 2010.

A obra, de seis milhões de euros, passa pela demolição do actual museu, uma moradia do início do século XX instalada no Sítio, antiga casa de veraneio do escritor e jornalista Joaquim Manso, fundador do “Diário de Lisboa”, e no seu lugar a criação de um edifício de quatro pisos.

No final da sessão de apresentação do projecto, a secretária de Estado da Cultura, Paula Fernandes, disse acreditar que o museu arqueológico e etnográfico vai ser uma “referência museológica”, mas também “arquitectónica”.

“Estou certa que será um projecto de grande relevância porque hoje os museus vivem não só dos seus acervos, mas também muito do que é o projecto arquitectónico”, afirmou Paula Fernandes.

Para a secretária de Estado este será “grande museu”, sublinhando “o traço do arquitecto Siza Vieira, o que é, obviamente, uma coisa significativa”.

“Estou convicta que será um museu que, para além de ser bonito, responda, por um lado, aos anseios das pessoas da Nazaré e, por outro lado, venha a ser muito vivido, visitado e estimado pelos daqui e pelos que de fora o venham visitar”, declarou.

Por seu turno, o presidente da Câmara Municipal da Nazaré, Jorge Barroso, realçou que o futuro edifício “irá dignificar” uma zona que considerou ser “nobre”, o Sítio, acrescentando a importância de ter o desenho de Siza Vieira.

Já o arquitecto Siza Vieira admitiu que “há condições para ser um bom museu”, numa alusão à equipa de trabalho que o acompanha, acrescentando, por outro lado, que “outra condição é por ser na Nazaré”.

Siza Vieira reconheceu que a realização do projecto foi uma “oportunidade fantástica”.

“O material a expor também é muito interessante, coisas ligadas ao mar, e é num local tão especial que é conhecido por o Sítio”, referiu, resumindo, desta forma, o trabalho: “O projecto deve melhorar o que lá está e deve parecer que já lá estava. Deve parecer que tinha que ser assim”.

O futuro Museu Dr. Joaquim Manso estende-se por quatro pisos, sendo que o rés-do-chão é ocupado, na quase totalidade, pela zona pública, onde estão, além de áreas para exposições – permanente e temporária -, cafetaria, biblioteca, loja e um auditório.

No piso -1 está prevista, igualmente, uma área de exposições, mas também serviços de restauro ou oficinas pedagógicas, enquanto no piso -2 vão estar as reservas do museu, as visitáveis e as não visitáveis.

A zona administrativa vai ocupar o piso 1.

Durante as obras para o novo edifício, que se estima durarem dois anos, o museu vai ser instalado provisoriamente num espaço da autarquia, localizado na praia.

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