Os governos de Portugal e do Brasil assinaram esta segunda-feira, em
Lisboa, protocolos que permitem a validação dos cursos de engenharia e
arquitectura leccionados em ambos os países.
O acordo sobre o
reconhecimento dos cursos põe fim a um longo processo e foi firmado no
Palácio das Necessidades pelo ministro de Estado e dos Negócios
Estrangeiros, Paulo Portas, pelo ministro das relações Exteriores do
Brasil, António Patriota, conta com a presença dos ministros da Educação
dos dois países.
O responsável português pela pasta da
Educação, Nuno Crato, considera que foi dado um grande passo na
cooperação entre os dois países.
“É um acordo de uma importância que é difícil descrever em poucas
palavras, porque os senhores reitores foram fazer aquilo que é certo,
que é encontrar, universidade a universidade, como é que os
reconhecimentos de graus podem ser estabelecidos. Isso é importante para
portugueses poderem trabalhar no Brasil e brasileiros poderem trabalhar
em Portugal, mas é sobretudo importante para o desenvolvimento de ambos
os nossos países”, declarou Nuno Crato.
“Os nossos países têm uma longa história de colaboração e eu saliento
que agora, mais uma vez, estamos a construir a colaboração na base da
ciência, da educação avançada, dos técnicos e dos especialistas”,
sublinhou o ministro da Educação e Ciência.
Os protocolos foram celebrados no âmbito da visita a Portugal da
Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que esta segunda-feira tem
encontros marcados com o Presidente da República Cavaco Silva e com o
primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
Governo faz apelo às ordens dos engenheiros e arquitectos
Paulo
Portas apelou às ordens profissionais dos engenheiros e dos arquitectos
para darem seguimento aos acordos assinados esta segunda-feira entre
Portugal e o Brasil sobre o reconhecimento dos respectivos cursos
académicos.
"O acordo entre as universidades e o passo que nós damos aqui é muito
importante e espero que o mesmo sentido construtivo venha a existir
entre as ordens profissionais dos dois países", disse o ministro dos
Negócios Estrangeiros.
"O título académico está reconhecido, com
regras. Não há razão para que os títulos não sejam reconhecidos e a
possibilidade de exercício profissional não seja reconhecida", sublinhou
Pauo Portas.
Em declarações à Renascença, o
presidente do Conselho de Reitores avisa que o processo não está ainda
acabado. António Rendas explica que o reconhecimento dos cursos só fica
assegurado ao nivel académico, agora é necessário que as ordens
profissionais façam o resto.
Fonte: http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=110567
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