domingo, 30 de maio de 2010

Instalação ZARA - Ben Van Berkel



A instalação consiste num cone oco e acessível, feito de alumínio revestido. Funcionalmente, é um cruzamento entre uma escultura, uma peça de mobiliário, e um pavilhão. Sua posição é logo atrás da entrada da loja, um lugar de destaque no átrio, onde muitos detalhes do interior da loja são preservados.


A instalação responde a esta situação, tanto em forma e materialização.

No interior, as superfícies côncavas dos painéis fazem virar o encosto dos assentos transformando-os em elementos integrados na parte inferior da estrutura.


Os painéis da instalação, em parte, bem como o véu para os ocupantes define-se como um contorno ocupado, enquanto que ao mesmo tempo todo o conjunto é colocado no epicentro da loja.




Arquitectura 'TOP' para centro pop



É como já foi definido o projecto que ganhou o concurso internacional lançado pela República da China para a construção do primeiro centro só para música pop. Vai ser construído em Taipé e tem como objectivo tornar-se numa "zona vibrante" da cidade.


O primeiro equipamento cultural a ser exclusivamente dedicado à música pop vai ser erigido em Taipé, na República da China, com projecto da autoria do atelier de arquitectura Reiser e Umemoto, que venceu o concurso internacional.

Trata-se do primeiro equipamento cultural a ser dedicado exclusivamente à música pop asiática, com o objectivo de desenvolver e promover um estilo que, segundo o colectivo de arquitectos, ainda está numa fase embrionária mas emergente.

O vasto programa encontra-se organizado em três grandes grupos de espaços: uma grande sala de espectáculos musicais, com capacidade para 4500 e 6000 espectadores, para lugares sentados e em pé, respectivamente, uma área exterior com capacidade para 15 mil pessoas para espectáculos e um espaço multifuncional baptizado de Hall of Fame. Outros espaços, destinados a exposições, biblioteca digital e incubadoras de projectos comunitários na área musical, estarão espalhados pelo recinto.

E, à semelhança do conteúdo, a forma também é pop. Este espaço, laboratório de produção e divulgação de um género musical regional e internacional ainda por inventar, procura ser dinâmico e proporcionar múltiplas experiências em simultâneo, durante 24 horas. O visitante poderá escolher entre assistir a um ensaio ou concerto, frequentar mercados, feiras, restaurantes ou cafés ou ser ele uma futura estrela pop e submeter-se a uma audição. A qualquer hora do dia ou da noite.

A forma arquitectónica reflecte todo este dinamismo e vai buscar influências a diversas formas de cultura popular. Assim, a zona exterior combina "os conceito de circo e cidade" com o de palco móvel feirante, o que acentua todo o êxtase inebriante e vibrante do conceito. É composta por uma zona dedicada exclusivamente ao público em forma de rua e que liga directamente às exteriores da cidade. Quanto ao palco móvel, funciona à base de partículas cristalinas robotizadas que permitem a mudança de forma. Em poucos minutos, alterna de auditório sentado a em pé ou de minúsculas cabines de audiências a grandes mercados de compras. A completar este cenário, projectores gigantescos alimentados a energia solar ou leds reproduzem as imagens e os sons desta nova música pop.

Já o auditório principal combina no mesmo espaço um palco e uma torre de produção, de forma a "encorajar a directa comunicação entre produtores e artistas, conciliando actuação e produção debaixo do mesmo tecto", refere a equipa de arquitectos americano e nipónico.

Finalmente, e em sintonia com o espírito inebriante do recinto, o Hall of Fame consiste numa área com diversas funções. Será um espaço museológico das novas estrelas pop asiáticas, mas também o palco das cerimónias dedicadas a prémios ou celebrações. A partir daqui será ainda possível observar, a partir de ecrãs gigantes, todos os restantes eventos e acontecimentos a decorrer no recinto.

Espaço alucinado e alucinante, o Taipei Pop Music Center "é um ambiente coerente, não apenas por ser uma colecção de espaços performativos mas também por vir a ser uma vibrante parte da cidade. Hollywood está para o cinema assim como o Centro Taipei Pop Music estará para a música pop asiática", afirmam os arquitectos

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Já disponiveis resultados do concurso internacional "A House in Luanda"

Shortlist


O objectivo deste concurso de ideias é claro: conceber uma habitação unifamiliar de construção radicalmente barata para Luanda, cidade sujeita a uma enorme pressão demográfica e num processo intenso de transformação, adaptada às condições culturais, económicas e sociais do lugar.

Este projecto, promovido em colaboração com a Trienal de Luanda, deverá contar com a possibilidade das habitações comportarem soluções evolutivas, eventualmente em auto-construção, adaptando-se, assim, à velocidade de transformação do tecido social angolano e de Luanda como grande metrópole africana que, tendencialmente, será.

O concurso tem por finalidade seleccionar a melhor proposta para a concepção de um protótipo de unidade familiar que origine um pátio, com um baixo custo de construção, destinada a famílias em situação de grande carência, comummente constituídas por 7-9 pessoas ( Pais, 3 filhos e 2 avós ou Pais, 5 filhos, 2 avós) , num terreno de topografia plana, situado no perímetro de Luanda.

De entre os projectos escolher-se-á uma “shortlist” de 30 projectos finalistas. Os autores dos 30 projectos finalistas serão contactados pela Trienal para desenvolverem uma maqueta de apresentação da sua proposta que constará da exposição no Museu da Electricidade de 28 de Outubro 2010 a 16 de Janeiro de 2011.



Mais informação em: http://www.trienaldelisboa.com/pt

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Faro: Exposição e palestras sobre «Cidade e Espaço Social» no IPJ

Os alunos do mestrado em Arquitectura Paisagista da Universidade do Algarve vão organizar uma exposição subordinada ao tema «Cidade e Espaço Social», que decorrerá entre 20 de Maio e 4 de Junho na delegação regional do Instituto Português da Juventude, em Faro.

A mostra integra-se no Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza e Exclusão Social e no programa de eventos «Maio Jovem», debruçando-se sobre “o papel da arquitectura paisagista no contexto da integração social”.

O evento contará com um dia de palestras, a 24 Maio, a decorrerem no auditório do IPJ, em Faro, que contará com arquitectos, arquitectos paisagistas, antropóloga, alunos, entre outras figuras.

Mais pormenores sobre estes eventos junto dos endereços electrócnicos a30044@ualg.pt e a1328@ualg.pt.

Centro Pompidou inaugurou a sua extensão em Metz


Não é um museu convencional, já que não tem colecção própria; também não é apenas um centro para exposições temporárias - ambiciona ser mais do que isso. O novo Pompidou-Metz, ontem oficialmente inaugurado pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, quer ser para esta cidade francesa a leste de Paris (80 minutos, de TGV) o que o Museu Guggenheim foi para Bilbau.

"O que aqui se joga não é mais nem menos do que o renascimento da Lorena", disse na inauguração o Presidente francês, à frente de uma embaixada de centenas de convidados que viajaram de Paris e praticamente lotaram a capacidade do novo e desconcertante edifício projectado pela dupla de arquitectos Shigeru Ban, japonês, e Jean de Gastines, francês.

Do que Sarkozy, citado pela agência AFP, estava a falar era do projecto mais amplo de modernização da capital da Lorena, uma cidade de 130 mil habitantes, deprimida e algo abandonada à sua imagem de velha praça militar (na fronteira com a Alemanha e o Luxemburgo) e de centro industrial que já viveu melhores dias.

Agora, com o seu novo Pompidou - na que é a primeira "antena" na província de uma grande instituição cultural parisiense -, Metz começa a ver concretizado um puzzle de renovação urbanística numa área de 50 hectares que incluirá um centro de congressos e uma mediateca, além de novos espaços habitacionais e comerciais, num plano genericamente gizado pelo arquitecto-urbanista Nicolas Michelin.

Por agora, o que chama mesmo a atenção no lugar é a arquitectura do Centro Pompidou-Metz: uma estrutura em "mikado" formada por três "caixas de sapatos" sobrepostas, suportadas por três pilares e cobertas por uma membrana que Shigeru Ban disse ter sido inspirada por um "chapéu de chinês" - e que o jornalista do Libération, Vincent Noce, associou a "uma casa dos Estrumfes", as personagens do ilustrador Pierre Culliford.

Cem a 120 mil visitantes

No conjunto, o edifício tem uma área de 10 mil metros quadrados, metade destinados a exposições. Inclui dois auditórios, com 196 e 144 lugares cada. A construção, projectada há uma década e iniciada há três anos, custou 72,5 milhões de euros. A expectativa dos responsáveis (o director é Laurent Le Bon) é que o museu atraia anualmente à capital da Lorena entre 100 mil e 200 mil visitantes.

A exposição inaugural tem por título Obras-primas?, e reúne 780 obras dos principais nomes da arte moderna e contemporânea desde o início do século XX, empréstimos tanto da casa--mãe parisiense como dos museus do Louvre, Quai Branlay e Versalhes.

Braque, Malevitch, Chagall, Léger, Brancusi, Kandinsky, Picasso, Ernst, Pollock, Giacometti e Dubuffet são alguns dos nomes representados na exposição que Vincent Noce classifica como "a Primavera de Metz, que convida a uma bem-humorada revolta contra todos os 'ismos'".