sábado, 27 de novembro de 2010

Batumi Aquarium – Georgia

O escritório dinamarquês Henning Larsen Architects foi o vencedor do concurso internacional para um novo aquário na região de Batumi, na Georgia. O projeto, segundo os autores, foi inspirado em seixos, “cujas formas são moldadas continuamente pelas ondas da praia de Batumi”. O edifício foi concebido como uma formação rochosa – como uma combinação de seixos gigantes – que podem ser vistos da terra ou do mar. Cada uma dos quatro “seixos” principais que compõem a forma representam um biotipo marinho.


A ideia, segundo os arquitetos responsáveis pelo projeto é que a edificação, de 2.000 m2, seja um “aquário moderno e que ofereça aos visitantes uma jornada estimulante pelos mares, do ponto de vista educacional, do entretenimento e também visual. O espaço central, multiuso, é reservado a atividades comerciais e um café, assim como oferece flexibilidade para a realização de apresentações e oficinas.

Ainda segundo os autores: “Ao redor do aquário, uma paisagem marcada por arquipélagos oferece oportunidades atrativas para atividades de pesquisa e de educação a céu aberto, assim como encontros informais na beira da praia. Sua forma expressiva, inspirada na natureza, faz do Aquário de Batumi não apenas um monumento espetacular na Georgia, mas uma contribuição inovadora para a exploração da vida marinha.”




Ficha Técnica:

Batumi Aquarium

Autores: Henning Larsen Architects

Equipe: Louis Becker (diretor de projeto, sócio) Anders Park (gerente de projeto), Viggo Haremst (responsável pelo projeto), Michael Sørensen and Jaewoo Chun.

Local: Batumi – República da Georgia
Área: 2.000 m2
Seleção: Concurso por convite.
Ano do concurso/projeto: 2010

Fonte: http://concursosdeprojeto.org


Sobre o concurso "A House in Luanda: Patio and Pavilion"

A trienal de arquitectura de Lisboa organizou entre vários concursos de arquitectura, um concurso dedicado á temática da Habitação, com custos reduzidos ao extremo com o objectivo de encontrar soluções inovadoras que ponham em evidência a concepção de casas economicamente ao alcance de todos.
O que se verificou, em minha opinião foi uma clara amostra a nível de linguagens conceptuais que o juri, Alvaro Siza Vieira, João Luis Carrilho da Graça, Fernando Mello Franco, Berry Bergdol e Ângela Mingas se deixou levar puramente pela estética e tipo de soluções apresentadas desvirtuando quanto a mim a principal questão que se coloca;
É possível executar uma casa em luanda, que construa cidade, desenvolva um sistema urbano sustentável, com capacidade evolutiva com uma tipologia para 7 a 9 utentes?, com 25000€?
Sim é possivel, mas não com os projectos que foram apresentados como vencedores, nem tão pouco com os materiais sugeridos.
O vencedor é um projecto de uma casa em madeira, não tendo nada contra a mdeira, não saberão os juris da mão de obra especializada que é necessária para a concepção de uma casa em madeira.
Existe em angola a cultura de manutenção da floresta que permita a construção de cidades em larga escala em bairros de madeira de modo a se tornar num sistema sustentado?
Uma casa em madeira de 100m2 com tendência a aumentar ou concebida segundo um sistema evolutivo para aumento de tipologia não se fica pelos 25000€, por favor, acho que qualquer arquitecto sabe disso, um medidor orçamentista por mais que deseje não consegue chegar o preço para este patamar.
Se estivermos a falar num sistema que, e como sugerido no próprio programa de concurso, deveria ter possibilidade de evoluir num sistema vertical, o projecto a ser seleccionado não poderia ser em madeira.
Aqui se verifica o ecletismo falso que se revestem alguns concursos em mostrar uma arquitectura sob um tema real mas que responde com falsidade desvirtuando o verdadeiro objectivo do papel da arquitectura que deve tomar na procura de soluções economicamente vantajosas uma posição de vanguarda respondendo com eficácia aos problemas que lhe são colocados.
Não tendo em mente o universo de projectos que concorreram nas mais diversas linguagens, os projectos não podem ser seleccionados apenas pelo valor estético ou funcional mas também pelo valor económico que se revestem as propostas.
Uma das exigências do concurso era precisamente a restrição do orçamento em 25000€ por habitação.
Assim dou os meus parabéns á trienal e aos seus mentores por se lembrarem de temas verdadeiramente importantes e contemporaneos, dando uma nota zero ao juri que quanto mim neste concurso falhou.